sábado, 6 de agosto de 2011

O surto do fim de semana

Olá a todos! Hi everyone!

Definitivamente estou vivendo a frase de Jack Kerouac:

 "[...]porque, para mim, pessoas mesmo são os loucos. Loucos para viver, loucos para falar, loucos para serem salvos; que querem tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam e jamais dizem coisas comuns[...] mas queimam, queimam, queimam como fabulosos fogos de artifício..." 

Há algo acontecendo dentro de mim que na verdade não gosto nem um pouco, pois eu sei o que acontece sempre que sinto-me desse jeito.

Estou lendo "Pedagogia da Autonomia" de Paulo Freire, e após ter um surto, decidi assistir Escritores da Liberdade.  Já assisti o filme no meu primeiro semestre na faculdade e realmente é um bom filme, só que eu queria assisti-lo com uma nova perspectiva. Mudança.


"Nas páginas de diários de alunos que vivem em meio ao caos urbano por causa da discriminação racial e preconceitos, uma professora idealista, Erin Gruwell (Hilary Swank) tenta mudar o ambiente na sala-de-aula, não ensinando somente o conteúdo de uma matéria específica, mas também tenta lecionar lições de vida a seus alunos, que aprendem com ela, como ser cidadão.
Mas para concretizar seus planos, terá que revolucionar o ambiente escolar, e para isso, terá que passar por cima da burocrática e conservadora diretora da escola, Margaret Campbell (Imelda Staunton).
Mais do que lições de vida, o que a professora Gruwell enxerga em cada jovem que lhe é confiado na sala de aula é a possibilidade de fazer brotar de cada qual a sua própria humanidade, a coragem de afirmar sua individualidade em contraposição àquela que é massificada nos guetos. Ao emergir diante de seus próprios olhos a igualdade de potencialidades, os estudantes da Sala 203 vão aos poucos percebendo que podem tudo aquilo que os outros que estão às suas voltas dizem "não podem". O exemplo de que são capazes é a própria professora G." Fonte: WIKIPEDIA


Após 2 semanas em estágio de observação eu quis desistir de tudo. Achei que "entrei de gaiata no navio, e entrei pelo cano!" Fiquei inconformada com o que vi e isso me deixou muito pensativa a respeito de tudo o que aprendemos na faculdade e a prática em si. 

Não queria ser professora ( e ainda não estou lá muito certa se é o que eu quero) mas descobri que tenho nas mãos uma arma poderosíssima para fazer a diferença na vida das pessoas: a educação. 

Reassistir ao filme me trouxe de volta a esperança de que é possível mudar a vida de alguém se você realmente acreditar no que você está fazendo, no que pode fazer e no seu papel enquanto professor na vida de um aluno.

Durante meu ensino médio eu confesso que estive muito pouco tempo em sala de aula para poder me deixar ser cativada por algum professor. Mas, quando entrei na Universidade, percebi como um professor pode fazer toda diferença. Para o bem, ou para o mal. 

Tive o privilégio de conhecer na Universidade professores que são um exemplo para mim, que amam a educação, amam o que fazem, e realmente acreditam no que estão fazendo e mais do que tudo, acreditam nos seus alunos. 

Estou passando pela transição ALUNA - PROFESSORA - EDUCADORA. (Palavras de uma dessas professoras) e eu acredito que isso seja muito doloroso. Queima, queima... queima dentro de mim a vontade de fazer alguma coisa, embora eu saiba que é muito difícil.

Li num livro uma vez uma frase que me deixou pensativa: "Lá está o horizonte. por mais que eu tente alcança-lo, nunca consigo. Para que serve o horizonte então? Para que eu continue me movendo"

Ainda não sei ao certo que rumo vou tomar na minha vida, mas, sinto algo mudando dentro de mim. Não sei se gosto disso, mas espero que eu encontre logo um resposta.

quinta-feira, 24 de março de 2011